Recentemente o YouTube se rendeu à tendência dos vídeos curtos, e mais que isso, agregou uma super novidade, a possibilidade de monetização do YouTube Shorts.
O YouTube é uma plataforma famosa, não somente por ser uma grande referência quando o assunto é assistir a vídeos, seja um tutorial sobre como fazer um jantar, um compilado de vídeos engraçados ou uma aula de geometria analítica.
Ele também é famoso por conta de um aspecto muito atraente: a oportunidade de lucrar com conteúdo.
Isso porque os criadores de conteúdo que seguem todas as políticas da plataforma e realizam o processo necessário para se tornarem parceiros dela conseguem receber uma quantia em dinheiro.
Com a chegada do YouTube Shorts, um novo jeito de criar e consumir vídeos sobre o qual vamos entender a fundo adiante, não poderia ser diferente.
Por meio dele, você não precisa produzir vídeos longos e horizontais para conseguir monetizar.
Agora, pode criar vídeos curtos e verticais e, ainda assim, ganhar dinheiro com eles — e, já em 2025, com atualizações que tornaram esse processo ainda mais claro e estável para os criadores.
É o que deseja, certo? Preparamos um conteúdo completo a seguir.
Continue lendo.
O que é o YouTube Shorts?
Como você mesmo já deve ter visto enquanto usava o YouTube, o YouTube Shorts trata-se de uma nova forma de os usuários assistirem a vídeos na plataforma e, também, de os criarem.
Ou seja, um Short nada mais é do que um vídeo de curta duração (máximo de 60 segundos), exibido em formato vertical (e não em formato horizontal, formato com o qual estamos acostumados a ver vídeos) e direcionado para os usuários de smartphones.
“O mesmo estilo de vídeo que é exibido no TikTok e no Reels?” Exatamente, inclusive, tem seu próprio algoritmo.
Aliás, assim como acontece no TikTok e no Reels, você também consegue fazer vídeos para o Shorts adicionando imagens, encadeando vídeos, adicionando músicas, entre outras possibilidades.
Os usuários podem acessar o YouTube Shorts tanto pelo celular quanto pelo computador.
Ao entrar no aplicativo pelo celular, por exemplo, você consegue observar a opção de Shorts logo na barra inferior da tela.
No que diz respeito à sua origem, em 2020, o YouTube já havia anunciado que estava criando o Shorts.
No entanto, foi apenas em 2021, depois de uma versão beta que aconteceu na Índia, que o YouTube Shorts passou a ser usado em todas as partes do planeta.
E, desde 2023 até 2025, o formato cresceu ainda mais, tornando-se uma das principais portas de entrada de novos criadores dentro da plataforma.
Como funciona monetização do YouTube Shorts
Para que você consiga entender como funciona a monetização do YouTube Shorts, é necessário falarmos que foi somente a partir do dia 1º de fevereiro de 2023 que os criadores de conteúdo que fazem parte do Programa de Parcerias do YouTube começaram a gerar receita com os vídeos postados no Shorts.
Antes disso, o único jeito de monetizar canal no YouTube se dava por meio de postagens de vídeos longos.
De forma clara, essa monetização do YouTube Shorts é proveniente dos anúncios que a plataforma exibe entre os vídeos no Feed do Shorts.
Isso foi um jeito de substituir o Fundo de recompensa do YouTube Shorts — caso você nunca tenha ouvido falar, tratava-se de um fundo de 100 milhões de dólares que o YouTube tinha criado para distribuir entre os anos de 2021 e 2022 por mais de 30 países.
Quando esse Fundo ainda estava ativo, o YouTube entrava em contato com os criadores de conteúdo que se destacavam no Shorts e os recompensava financeiramente por isso.
Desde então, em 2025, o modelo baseado em anúncios se consolidou como o principal método de monetização do formato, passando por pequenos ajustes internos, como melhorias no cálculo de receita e mais clareza nos relatórios exibidos no YouTube Studio.
Como monetizar o Youtube Shorts?
Se você já produz conteúdo para o YouTube Shorts, tudo o que terá de fazer é ativar a monetização.
O primeiro passo é se qualificar para gerar essa receita — e esse ponto merece destaque, porque desde 2024 o YouTube passou a oferecer dois caminhos diferentes para entrar no Programa de Parcerias do YouTube (YPP).
E você pode escolher o que melhor combina com a sua estratégia.
Veja as regras de qualificação:
1. Caminho tradicional (com vídeos longos):
alcançar 1.000 inscritos e
atingir 4.000 horas de exibição públicas nos últimos 12 meses.
2. Caminho baseado em Shorts (ideal para quem cria vídeos curtos):
alcançar 1.000 inscritos e
conquistar 10 milhões de visualizações públicas em Shorts nos últimos 90 dias.
Qualquer um dos dois caminhos libera a entrada no YPP.
Depois disso, você só precisa aceitar o Módulo de Monetização dos Shorts, que é o contrato específico que ativa os ganhos no formato.
Ao realizar essa ação, você vai começar a ganhar dinheiro por meio dos anúncios exibidos entre os vídeos no Shorts e, também, quando for o caso, com o YouTube Premium (explicaremos melhor e de modo particular sobre isso ainda neste conteúdo).
De toda forma, após você se qualificar, a participação na receita de anúncios exibidos no Shorts vai ser aplicada às visualizações qualificadas dos Shorts que o canal publicou.
Só para esclarecer: quando se fala em visualizações qualificadas, isso se refere a todas aquelas visualizações que aconteceram depois que o canal foi aceito na monetização do Shorts, e não antes disso.
Isso porque todas as visualizações acumuladas antes de um criador de conteúdo aceitar o Módulo de monetização do Shorts não valem para essa receita.
Em 2025, esse processo continua igual, com a diferença de que o YouTube está cada vez mais rígido com relação a conteúdos reutilizados ou sem originalidade — algo que tem derrubado a monetização de muitos criadores, então é importante ficar atento.
Etapas de participação na receita de anúncios dos Shorts
De forma resumida, o que acontece é:
toda a receita gerada pelos anúncios é alocada em um fundo;
a receita alocada neste fundo é distribuída entre os criadores de conteúdo que geram receita com base no número de visualizações que cada um deles gerou.
Para ficar mais claro, a participação na receita de anúncios dos Shorts possui 4 etapas. Confira em detalhes a seguir:
1 – Fundo da receita de anúncios do Feed dos Shorts
Todos os meses, a receita que os anúncios exibidos entre os vídeos do Feed do Shorts gera é somada e usada para duas finalidades: primeira, pagar os criadores de conteúdo e, segunda, cobrir os custos referentes ao licenciamento de músicas.
No final de 2024 e início de 2025, o YouTube passou a incluir também novos formatos de anúncios específicos para Shorts, como anúncios clicáveis com produtos, o que aumentou levemente a receita geral do fundo.
2 – Calcular o Fundo para criadores
Com base tanto nas visualizações quanto no uso de músicas, a receita gerada pelos anúncios fica alocada no Fundo para criadores.
Nesse caso, como pode ou não envolver o uso de músicas, existem dois cenários:
caso o vídeo enviado não tenha música, toda a receita que estiver associada às visualizações vai diretamente para o Fundo para criadores;
caso o vídeo enviado tenha música, vai haver uma divisão na receita gerada pelo Short. Nesse caso, o YouTube irá dividir a receita entre duas partes: os criadores de conteúdo, cuja receita será alocada no Fundo para criadores que mencionamos acima, e os parceiros de música.
Ah, é crucial destacar que, quando o assunto é música, existem dois pontos importantes para se entender.
O primeiro deles é que a parte da receita que o YouTube vai direcionar para cobrir o licenciamento da música vai depender da quantidade de faixas que o Short possuir.
Se houver apenas uma faixa de música no Short, por exemplo, metade da receita associada às visualizações será usada para pagar o licenciamento.
O segundo ponto que merece destaque é que, quando o YouTube menciona “música” no Shorts, ele está se referindo a qualquer conteúdo que tenha sido disponibilizado ou declarado pelos parceiros do setor musical do YouTube.
Em outras palavras, “música” é algo bem mais amplo aqui, pois inclui tanto áudios e faixas quanto vídeos e até outros conteúdos de música, como entrevistas com artistas.
Em 2025, o YouTube reforçou que o uso de faixas sem autorização (incluindo músicas virais de redes externas) é um dos principais motivos de desmonetização de Shorts.
3 – Alocar o Fundo para criadores
A receita geral — veja bem, a receita geral — do Fundo para criadores é distribuída, com base no total de visualizações de cada um, entre os criadores de conteúdo que geram receita.
Exemplificando, se um criador de conteúdo receber 7% de todas as visualizações qualificadas dos Shorts enviados por criadores de conteúdo que geram receita, ele vai receber 7% da receita que foi alocada no Fundo para criadores.
Essa base de cálculo permanece a mesma em 2025, mas com pequenas melhorias nos relatórios, permitindo que os criadores vejam mais detalhes sobre Shorts que geraram monetização e Shorts que foram desqualificados.
4 – Aplicar a participação na receita
Independentemente de os criadores de conteúdo que geram receita terem ou não usado música nos vídeos publicados no Shorts, eles vão receber 45% da receita que foi alocada.
Esse percentual continua o mesmo em 2025, e o YouTube segue afirmando que, por enquanto, não há previsão oficial de aumentar essa participação.
E a participação na receita de assinaturas do YouTube Premium para Shorts?
O YouTube Premium é uma alternativa de assinatura: se você a tiver, vai poder aproveitar os vídeos do YouTube, sejam eles Shorts ou vídeos tradicionais, sem nenhum anúncio.
Você também vai poder reproduzir vídeos em segundo plano, fazer o download deles para assistir quando estiver sem internet e ter acesso premium ao aplicativo do YouTube Music.
Nesse caso, como fica a monetização do YouTube Shorts?
Aqui, 45% da receita líquida do YouTube Premium é destinada para os criadores de conteúdo que geram receita com o YouTube Shorts.
Cada criador, é claro, vai receber um valor referente à sua parcela de visualizações de Short.
Em 2025, cresceu o número de assinantes Premium no mundo, o que também elevou um pouco essa fatia da receita, especialmente em nichos em que os Shorts têm alto consumo por esse tipo de usuário.
Comece a monetização do YouTube Shorts agora mesmo
Desde que você seja um parceiro que gere receita e que tenha aceitado o Módulo de monetização dos Shorts, irá começar a ganhar dinheiro com o YouTube Shorts.
Se ainda não cumpre esses requisitos, busque fazer isso o quanto antes.
E não se esqueça de cumprir com todas as políticas de monetização da plataforma, caso contrário, vai acabar sendo impedido de ganhar dinheiro por meio do Shorts.
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FAQ – Monetização do YouTube Shorts
Estas são algumas respostas às perguntas mais frequentes sobre monetização do YouTube Shorts.
Os valores variam bastante, pois dependem das visualizações qualificadas do canal, da receita total disponível no Fundo para criadores e de fatores como uso de música, localização do público e volume de anúncios. Por isso, não existe um valor fixo por visualização.
Não. As 4.000 horas são apenas uma das opções. Para monetizar Shorts, você também pode seguir o critério específico do formato, que exige ter pelo menos 1.000 inscritos e alcançar 10 milhões de visualizações públicas em Shorts nos últimos 90 dias.
Sim, mas uma parte da receita gerada pelo Short é usada para pagar o licenciamento das faixas utilizadas. Quanto mais músicas houver no vídeo, maior será a parcela destinada aos parceiros musicais. Ainda assim, você continua recebendo sua porcentagem da receita do Fundo para criadores.
Não. Em 2025 o YouTube está mais rígido com conteúdos reutilizados. Shorts reaproveitados de TikTok, Reels ou vídeos sem originalidade tendem a ser desqualificados da monetização.
Sim. Uma parte da receita líquida das assinaturas do YouTube Premium é distribuída entre os criadores de Shorts, com base na proporção de visualizações do canal. Assim, mesmo quem assiste sem anúncios contribui para os seus ganhos.Quanto é possível ganhar com a monetização do YouTube Shorts?
Preciso ter 4.000 horas para monetizar Shorts?
Shorts com música são monetizados normalmente?
Posso monetizar Shorts reutilizando vídeos de outras plataformas?
O YouTube Premium também gera receita nos Shorts?
